quarta-feira, 5 de maio de 2010

Crítica ao filme "Shutter Island"

Sinopse

 

Martin Scorsese traz-nos um perturbante filme, onde Leonardo DiCaprio surge no papel de um investigador enviado para uma ilha (prisão-hospício), que a determinada altura começa ele próprio a ficar afectado pelo ambiente que o rodeia.

"Shutter Island" é um perturbante filme onde o realizador Martin Scorsese se aproxima das atmosferas e tipo de planos de Alfred Hitchcock. O facto da acção decorrer nos anos 1950 aumenta a proximidade para com o cinema do mestre do suspense.

O filme começa com o U. S. marshal Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) num barco a caminho de uma ilha do Massachusetts, que alberga uma prisão-hospício. Daniels é enviado para a inóspita ilha, que consiste numa espécie de fortaleza para perigosos e perturbados criminosos, com a missão de investigar o desaparecimento de uma mulher que se encontrava a cumprir pena por ter morto os seus três filhos.
Só que à medida que se vai envolvendo na investigação começa ele próprio a ficar cada vez mais afectado pela densa e assustadora atmosfera da ilha, a ser invadido pelos seus próprios fantasmas, que passam pelas memórias da chegada ao campo de concentração de Auschwitz (anos antes, enquanto soldado americano), e pela mais recente morte trágica da sua mulher.

Comentário

Como foi mais que visível no fim da aula de psicologia, este filme pode ter muitas interpretações.
Na minha opinião, Andrew, após a experiência traumática de perder os filhos e assassinar a mulher, criou uma personagem fictícia de nome Teddy que lhe permitiu fugir da dura realidade. Ao contrário do que muitos dos meus colegas disseram, eu não acho que os médicos o tenham tentado enganar e convencer de que era um doente de Ashcliffe para experimentos de lobotomias. Digo isto baseando-me na última frase proferida por Daniel em que ele diz que prefere morrer como um homem a viver como um monstro. Isto mostra que, de facto, este homem estava curado e ciente dos crimes que tinha cometido mas, preferia deixar de ter consciência de si próprio, a ter consciência de que era um assassino.

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