domingo, 9 de maio de 2010

Aprendizagem Simbólica


APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO, Aprendizagem social ou Aprendizagem por modelação – Albert Bandura

Muito do que o ser humano aprende ocorre em contexto social, ao longo do processo de socialização, observando e imitando os outros. É através de um processo – modelação – que envolve a observação, a imitação e a integração, que uma pessoa pode aprender um comportamento que passa a fazer parte do seu quadro de respostas.

Mas porque é que as crianças que observam comportamentos agressivos não as reproduzem?

Tal como noutros comportamentos, o ser humano não está programado para agir de forma determinada, é a sua flexibilidade e plasticidade que o leva a escapar-se de programas fechados e deterministas. Observar e reter comportamentos agressivos não basta para os imitar. A fase de execução implica factores internos do próprio sujeito.

Da teoria da aprendizagem social para a teoria cognitiva e social

Cada indivíduo possui um conjunto de competências que permitem a aprendizagem e o desenvolvimento: capacidade reflexiva para avaliar o ambiente e se avaliar a si próprio.

Bandura escreve que os sujeitos “formam intenções que incluem planos e estratégias de acção para realizá-las”, criam objectivos para si mesmos e antecipam os resultados prováveis das suas acções e, por fim, auto-investigam e auto-avaliam as suas acções e o seu funcionamento.

APRENDIZAGEM COM RECURSO A SÍMBOLOS E REPRESENTAÇÕES

·         Aquisição de conhecimentos

Cada indivíduo tem esquemas cognitivos prévios – estruturas dinâmicas que lhe proporcionam os conhecimentos que já possui e integram os conhecimentos novos – que lhe permitem enquadrar novas aquisições. Os novos conhecimentos podem aumentar e enriquecer os esquemas cognitivos preexistentes, podem modificá-los ou podem suscitar a criação de novos esquemas. Só há aprendizagem se houver esta ralação, este processo de integração.

·         Aquisição de procedimentos e competências

Para se executar determinada tarefa, tem que se desenvolver um conjunto de acções concertadas, que se designam por procedimentos.

Sempre que surge a necessidade de aprender algo novo, uma nova competência, mobilizamos os esquemas gerais relacionados. Por exemplo, se preciso de aprender a andar de mota, vou recuperar, da minha memória a longo prazo, o que sei sobre andar de bicicleta. Aplico os esquemas gerais desta competência à nova tarefa, fazendo as adaptações necessárias, integrando os novos elementos que me permitem ser eficaz. Com a repetição, vou progressivamente corrigindo as acções inadequadas, repetir as que avalio como adequadas, até o processo se tornar adequado. Fica assim assegurado que, mesmo daqui a muito tempo, posso recuperar este “saber fazer”.

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