sábado, 29 de maio de 2010

As últimas 13 descobertas sobre o seu cérebro

O título deste post é também o título do artigo em destaque na revista Sábado de 29 de Abril de 2010. Esta peça dá a conhecer ao leitor, de uma forma simples e entendível, as novas informações existentes na comunidade científica sobre o cérebro humano.


Foi então neste artigo que me baseei para desenvolver o meu último trabalho de psicologia.

As últimas 13 descobertas sobre o seu cérebro

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Crítica ao filme "O Fiel Jardineiro"



Sinopse

 

A história acompanha a vida de Justin e Tessa Quayle, o primeiro um diplomata em missão em África e a segunda, sua mulher, uma activista feroz dos direitos humanos. Depois de um início em que as personalidades das personagens principais ficam bem vincadas (irreverente e feroz, ela e pacificador, ele) nasce um amor, de um desejo físico. Com o avançar da carreira de Justin, Tessa pede-lhe para o acompanhar até África.
Em África, nos momentos livres, Justin procura o seu refúgio no jardim (daí o título do filme), enquanto Tessa se envolve em movimentos de defesa dos direitos humanos, contra grandes corporações estrangeiras. Sempre acompanhado de um médico, Justin começa a sentir ciúmes, não tendo nunca a coragem de enfrentar nínguem ou confrontar factos. Até que Tessa é encontrada assassinada...
História com conotações políticas óbvias, Meirelles continua a mostrar o seu sentido de justiça na defesa dos mais vulneráveis (em "Cidade de Deus" os habitantes das favelas e em àfrica a sua população à mercê de interesses comerciais estrangeiros). O filme desliza por vários estilos, como thriller político, acção, guerra mas o ponto central mantêm-se sempre. O amor.
De um amor rotineiro e previsível durante a vida de Tessa, surge um amor total profundo aquando do seu final. É como se a viagem de busca de Justin o fizesse encontrar o que tinha como adquirido.
E o amor nunca deve ser dado como adquirido mas como algo a procurar, sempre.

 

Comentário Pessoal

 

Quem viu o filme "O Fiel Jardineiro" apercebe-se de uma subjacente crítica à ainda muito forte presença inglesa em África e à forma como o povo africano é tratado pelas empresas farmacêuticas e visto pelo resto do mundo.
Quanto à presença inglesa, o filme dá a ideia de que os ingleses mandam naqueles países, embora não se misturem com a raça. As empresas farmacêuticas até podem ter bons propósitos, mas seguem a visão que o mundo tem de África: uma boca a menos, menos um com fome. Parece radical? No entanto, desencantem-se os mais crédulos: o mundo não precisa do povo africano, só precisa de uma África pobre, mas, de preferência, quase vazia, o que implica menos responsabilidades.
O filme choca nesse ponto: a insensibilidade do mundo perante aquela situação. Embora o filme fale de um amor nem sempre evidente e, por vezes, frágil, não deixa de lado a crítica, muito dura, à forma como África funciona.
Este é um assunto muito delicado. É um assunto que deve ser discutido com urgência e não apenas superficialmente, como tem sido, e todos sabemos porquê. Não está em causa a pobreza - isso não é o mais importante. É preciso abrir os olhos à instabilidade social em África, em parte devido à pressão conveniente dos países ricos para permanecerem as tribos selvagens e problemas que afectam as populações directamente: falta de alfabetização, falta de saneamento, falta de infraestruturas com qualidade e higiene mínima, etc.
E agora?

Crítica ao filme "Amazing Grace"

Sinopse

Em pleno século XVIII, William Wilbeforce, membro parlamentar do poderoso Império Britânico, luta por uma reforma social na Europa. Para dar dignidade aos imigrantes africanos que vivem como escravos, Wilbeforce enfrenta a aristocracia e os preconceitos da época. A sua missão é dificultada pela falta de apoio da maioria branca que exerce enorme influência sobre as leis e as pessoas da região.

Comentário pessoal

Este filme, tal como muitos outros que por aí andam, retrata a cruzada de um homem que deu a sua vida por uma causa muito nobre: a abolição da escravatura e do tráfico de escravos. É uma história baseada em factos reais que mostra as duas faces do ser humano. A face negra, egoísta, egocêntrica e interesseira dos homens que está representada, neste filme, por todos aqueles que consideravam o poder económico e o seu próprio conforto mais importante que a vida de milhões de escravos. E a face verdadeiramente “humana”, justa, correcta e íntegra que está representada por um conjunto de homens, dos quais William Wilbeforce é o líder, que lutam pela dignidade e igualdade humana. Eu gostei bastante do filme e, para variar, chorei no fim, quando o projecto de lei, para a proibição do tráfico de escravos negros, foi aprovado.