A necessidade de contacto físico com a mãe ou com outro cuidador está na origem da vinculação, sendo mais importante do que a alimentação na construção dessa relação. A privação deste contacto humano traduz-se em perturbações físicas e psicológicas profundas pois seria graças à relação privilegiada com um adulto que o bebé desenvolveria estratégias de adaptação ao meio.
René Spitz designou por hospitalismo as perturbações vividas por crianças a quem falta uma relação afectiva privilegiada com um adulto.
Esta perturbação ocorre sobretudo em crianças que estão numa instituição, privadas do contacto com a mãe ou outros agentes maternantes, e que se manifesta por atrasos no desenvolvimento físico e psicológico. Contudo, não se pode ser determinista dada a característica plasticidade do ser humano. Há crianças que, apesar de sofrerem situações muito penalizadoras, conseguem resistir e desenvolverem-se com equilíbrio. São chamadas “crianças resilientes”.
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