Aqui estão os resumos do Tema 4: emoções, conação e dimensão sociocultural da mente. Foram feitos pela minha colega Bárbara Alexandrino.
Emoções - resumos
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
Reflexão sobre o filme "K-Pax"
Kevin Spacey veste a pele de Prot, um homem inofensivo que foi detido na Grand Central Station, em Nova Yorque, por causa de um roubo. Jeff Bridges é o Dr. Mark Powell, um experiente psiquiatra de um hospital público da cidade. Os caminhos dos dois cruzam-se depois de Prot dizer à polícia que a luz deste planeta é demasiado clara para ele - muito mais clara do que a do seu distante planeta, K-PAX. O Dr. Powell já tinha cuidado de muitos pacientes com alucinações e acreditou que era apenas uma questão de tempo até conseguir que Prot contasse o verdadeiro motivo pela qual estava a fantasiar.
Prot diz que está numa missão de levantamento de dados e, pacientemente, explica como as suas experiências na Terra contrastam com a vida em K-PAX. Ele encontra muita coisa na Terra de que gosta, mas diz que voltará para casa antes do fim do verão.

O Dr. Powell decide usar tudo o que tem ao seu dispor para descobrir a verdade sobre este homem mas as ferramentas utilizadas mostram-se ineficazes e o médico começa a duvidar de determinadas coisas que, durante toda a sua vida, considerou verdadeiras. Começa a colocar então a possibilidade de Prot ser real.
O fim deste filme é aberto, dando espaço ao espectador para reflectir e tirar as suas próprias conclusões.
A meu ver, o Dr. Powell tinha razão. Prot era apenas um homem que sofreu muito no passado devido ao acidente que vitimou toda a sua família e que, numa tentativa de esquecer e ultrapassar toda a mágoa que tal sofrimento lhe provocava, se escondeu noutro homem. Homem esse que provinha de um planeta muito distante onde até a luz era diferente, mais clara, não tendo portanto nada a ver com o planeta Terra. A vida nesse lugar, como a descrevia Prot, era fascinante e desejada por todos aqueles que soubessem da sua existência.
Prot era assim o refúgio psicológico de um homem extremamente magoado que, ao procurar atenuar a sua dor, encontrou outra vida, uma vida mais fácil, onde viver.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Reflexão sobre o filme "Memento"
Sinopse
Leonard Shelby era investigador de uma companhia de seguros, um homem comum. Certa noite, enquanto ele e sua mulher dormiam, um ladrão invadiu-lhes a casa. O assaltante violou e matou a esposa de Leonard que, numa tentativa de parar o bandido, acabou também por ficar gravemente ferido ao levar com uma forte pancada na cabeça. Devido ao ferimento, Leonard ficou com amnésia anterógrada. Esta forma de amnésia é comum depois de um trauma cerebral e corresponde à dificuldade ou incapacidade da pessoa se lembrar de eventos recentes, apesar de conseguir recordar-se perfeitamente de eventos ocorridos antes do trauma cerebral.

Quem são os seus amigos? Quem são os seus inimigos? Qual é a verdade?
Quando finalmente descobre a verdade, a sua devastada memória não permite que ele se lembre disso, pelo que se mantém nesta busca para sempre.
Comentário pessoal
É a nossa memória que retém conhecimentos, informações, ideias, acontecimentos, encontros. E este património torna-nos únicos, assegurando-nos a nossa identidade pessoal. E se associamos a memória à manutenção do passado, convém lembrar que é graças à memória que estruturamos o presente e que é possível pensarmos e projectarmos o futuro.
Essencial à sobrevivência, é a memória que nos permite, sempre que precisamos,actualizar a informação necessária para dar resposta aos desafios do meio. É por termos memória que não pousamos a mão numa chapa em brasa, que não nos aproximamos de um animal perigoso, que paramos no semáforo vermelho, etc. Aprendemos a lidar com o meio e é a memória que actualiza os comportamentos aprendidos adaptados à situação.
Quase tudo o que fazemos exige memória. Citando o realizador de cinema Luís Buñuel:
"É preciso começar por perder a memória, nem que sejam só fragmentos, para perceber que ela é a essência da vida... A nossa memória é a nossa coerência,a nossa razão, o nosso sentir, até as nossas acções. Sem memória não somos nada..."
Este filme alertou-me exactamente para isto mesmo: a extrema importância da memória para o ser humano. Sem ela não há cognição, não há passado, não há tarefas para hoje ou para amanhã, não há desenvolvimento, não há aprendizagem, não há "eu".
Durante muito tempo subestimada, a memória toma hoje um lugar de soberania no comando das acções humanas. O protagonista desta história passou o resto da sua vida à procura de um homem que já tinha encontrado inúmeras vezes. Sem rumo e totalmente desamparado, é como este personagem se encontra no momento e no futuro.
Aconselho esta película a qualquer pessoa!
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