domingo, 9 de maio de 2010

Aprendizagem Não Associativa

APRENDIZAGEM NÃO ASSOCIATIVA

·         Aprendizagem por habituação

Habituação – consiste em aprender a não reagir a determinado estímulo; consiste em reconhecer, como familiares, e ignorar estímulos insignificantes que são monotonamente repetidos. (exemplo: os habitantes de uma cidade podem quase não reparar no ruído do tráfego dentro de casa, mas podem ser acordados pelo ruído dos grilos no campo).

Se reagíssemos a qualquer alteração do meio, a nossa vida seria um inferno. Da imensa quantidade de estímulos a que estamos sujeitos em cada momento, ignoramos a maior parte deles porque nos habituamos, não lhes dando, por isso, atenção. É então graças à habituação que conseguimos seleccionar do meio ambiente o que nos interessa, centrando a nossa atenção no que é essencial para nós.

·         Aprendizagem por sensitização

Enquanto, pela habituação, se aprendem as características de um estímulo sem importância ou benigno, pela sensitização, aprendem-se as propriedades de um estímulo ameaçador ou prejudicial.
Através da sensitização, os seres humanos e os outros animais aprendem a apurar os seus reflexos para se prepararem para a defesa ou para a fuga.


A habituação e a sensitização (formas mais simples de aprendizagem) são duas formas de aprendizagem não associativa porque o indivíduo aprende as características de um só tipo de estímulos.

Aprendizagem

APRENDIZAGEM

Aprendizagem – uma modificação relativamente estável do comportamento ou do conhecimento, que resulta do exercício, experiência, treino ou estudo. É um processo que, envolvendo processos cognitivos, motivacionais e emocionais, se manifesta em comportamentos.

O ser humano é um ser inacabado, pouco dependente dos esquemas genéticos rígidos e é este seu carácter prematuro que o disponibiliza para a aprendizagem. O que parecia uma desvantagem, por o deixar totalmente dependente dos adultos durante tanto tempo, transformou-se numa capacidade para se adaptar ao meio de forma flexível.

A aprendizagem é assim a base do conjunto de comportamentos que distinguem o ser humano dos outros animais, o processo cognitivo que nos torna humanos.

PROCESSOS DE APRENDIZAGEM

Existem comportamentos mais elementares que outros e que pressupõem diferentes formas de aprendizagem.

  •      Aprendizagens não simbólicas – resultam em comportamentos que estão directamente relacionados com estímulos do meio e que são previsíveis a partir da presença do estímulo.
  •      Aprendizagens simbólicas – envolvem a maneira como interpretamos a realidade e como regulamos o nosso comportamento; aquisição de conhecimentos, procedimentos e competências.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Crítica ao filme "Shutter Island"

Sinopse

 

Martin Scorsese traz-nos um perturbante filme, onde Leonardo DiCaprio surge no papel de um investigador enviado para uma ilha (prisão-hospício), que a determinada altura começa ele próprio a ficar afectado pelo ambiente que o rodeia.

"Shutter Island" é um perturbante filme onde o realizador Martin Scorsese se aproxima das atmosferas e tipo de planos de Alfred Hitchcock. O facto da acção decorrer nos anos 1950 aumenta a proximidade para com o cinema do mestre do suspense.

O filme começa com o U. S. marshal Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) num barco a caminho de uma ilha do Massachusetts, que alberga uma prisão-hospício. Daniels é enviado para a inóspita ilha, que consiste numa espécie de fortaleza para perigosos e perturbados criminosos, com a missão de investigar o desaparecimento de uma mulher que se encontrava a cumprir pena por ter morto os seus três filhos.
Só que à medida que se vai envolvendo na investigação começa ele próprio a ficar cada vez mais afectado pela densa e assustadora atmosfera da ilha, a ser invadido pelos seus próprios fantasmas, que passam pelas memórias da chegada ao campo de concentração de Auschwitz (anos antes, enquanto soldado americano), e pela mais recente morte trágica da sua mulher.

Comentário

Como foi mais que visível no fim da aula de psicologia, este filme pode ter muitas interpretações.
Na minha opinião, Andrew, após a experiência traumática de perder os filhos e assassinar a mulher, criou uma personagem fictícia de nome Teddy que lhe permitiu fugir da dura realidade. Ao contrário do que muitos dos meus colegas disseram, eu não acho que os médicos o tenham tentado enganar e convencer de que era um doente de Ashcliffe para experimentos de lobotomias. Digo isto baseando-me na última frase proferida por Daniel em que ele diz que prefere morrer como um homem a viver como um monstro. Isto mostra que, de facto, este homem estava curado e ciente dos crimes que tinha cometido mas, preferia deixar de ter consciência de si próprio, a ter consciência de que era um assassino.